PRAIA-O líder do MpD, Carlos Veiga, considera o Orçamento de Estado para 2010 “desfavorável” ao crescimento económico e à competitividade do país”. Em conferência de imprensa, o líder do maior partido da oposição assegura que este OE “vai provocar um aumento da dívida externa”.O Orçamento de Estado (OE) para 2010, apresentado pelo governo do PAICV, “é um espelho fiel de um país com um plano inclinado de declínio económico e desequilíbrio financeiro, muitíssimo endividado ao estrangeiro, sem autonomia nas prioridades, pouco competitivo, com peso excessivo e opressor do estado da Economia e marcado por um elevado desemprego”, afirma Carlos Veiga.
Para aquele político, o governo “falhou nas metas fundamentais de crescimento e desemprego e mantém as mesmas políticas, mesmo sabendo que não vão a lado nenhum”. “Este OE é desfavorável ao crescimento económico e financeiro do país bloqueando assim a competitividade”.
O líder da oposição apresentou gráficos que mostram que “as receitas começam a ser insuficientes para as despesas”. “Os 34 milhões de receitas existentes contra os 30 milhões de despesas criam pressão para subir os impostos", explica Carlos Veiga.
Também o endividamento externo é alvo de crítica e a título de exemplo está o último empréstimo de Portugal para a habitação social, no valor de 200 milhões de euros. “A dívida global está em 85 por cento mas não está contabilizado o último crédito português, o que irá disparar para cerca de 90 por cento de endividamento”.
Um crédito “mal negociado” pelo governo cabo-verdiano que “deveria ter exigido outras contrapartidas”. “Não estou contra a linha de crédito, estou contra a forma como o nosso país a aceitou, de mãos abertas sem negociar algumas contrapartidas. Toda a gente sabe que os empréstimos exteriores beneficiam, em grande maioria, as empresas, bens e serviços desses países credores”.
Carlos Veiga defende que “a capacidade empresarial nacional deveria ser mais apoiada para criar maior competitividade e mais postos de trabalho, fortalecendo assim o país”. Um apoio que deveria estar mais virado para o turismo e não tanto para a agricultura, como está definido no OE. “Cabo Verde tem de apostar no turismo, é a nossa prioridade. A agricultura é importante sim, mas não é prioritário”, contrapõe.
Carlos Veiga refere que este OE “não tem as prioridades controladas e está sem critérios de rentabilidade”.
ASEMANA.CV-Por IMN
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