PRAIA-O encontro entre os presidente do PAICV, José Maria Neves, e do MpD, Carlos Veiga, que deveria acontecer no sábado, foi adiado. Esta reunião daria continuidade ao diálogo iniciado na última quinta-feira, na procura de consensos que permitam alcançar o entendimento necessário para a revisão constitucional. É que na segunda-feira os deputados nacionais voltam a reunir-se uma vez mais no plenário com boas perspectivas de um desfecho positivo deste dossier que se arrasta desde 2004.Na quinta-feira, José Maria Neves, acompanhado dos deputados Rui Semedo e José Manuel Andrade, e Carlos Veiga, de Fernando Elísio e Eurico Monteiro, encontraram-se num dos hotéis da capital onde debateram 19 ou 20 pontos de divergências entre os projectos de revisão constitucional de um e de outro partido. Duas horas depois, os líderes mostraram-se optimistas e garantiram que a revisão pode ser possível já na sessão parlamentar de segunda-feira.
Segundo José Maria Neves, o encontro permitiu chegar a entendimento sobre vários pontos, abrindo boas perspectivas para segunda-feira. "Há um espírito positivo e penso que estamos a criar condições para uma efectiva revisão da Constituição, que responda aos anseios dos cabo-verdianos, às demandas dos diferentes operadores da Justiça e também às exigências das diferentes instituições da República".
Entre os vários pontos de "discórdia" está a Justiça em que o presidente do PAICV considera que o seu partido tem propostas de fundo e "muito consistentes no sentido do reforço da independência dos Tribunais, na criação de condições para que haja "mais eficácia e eficiência e menos morosidade nos Tribunais". Entretanto avisa que para um entendimento real numa matéria de extrema importância para o país, "há que aproximar posições, tem que haver cedências mútuas".
Por seu lado, Carlos Veiga afirmou ter sido uma "excelente sessão de trabalho", atendendo que parece haver um compromisso de ambas as partes em fazer avançar esse dossier. "Ainda não temos total acordo mas avançamos bastante e nos comprometemos encontrar no sábado para afinarmos os últimos aspectos. Eu creio que é legitimo esperar que possamos chegar a um acordo final, mas ainda não chegamos", afirmou.
Sobre a questão da Justiça, Veiga perspectivou também um desfecho positivo. Outros pontos de divergências são a proposta de oficialização do crioulo, que o PAICV volta a colocar na mesa após chumbo no Parlamento com a abstenção do MpD e votos contra da Ucid, a Justiça e o combate à criminalidade.
ASEMANA.CV
Foto:Expressodasilhas
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