quarta-feira, 11 de novembro de 2009

CV:Primeira equipa da AMI parte hoje para Cabo Verde para combater surto de dengue


LISBOA-A primeira equipa de emergência da AMI, composta por um médico e dois enfermeiros, parte quarta-feira para Cabo Verde com o objectivo de ajudar a combater o surto epidémico de dengue, que já provocou seis vítimas mortais no país.
A AMI - Assistência Médica Internacional anuncia em comunicado que a primeira das duas equipas tem como destino a Ilha do Fogo, onde o objectivo é reforçar a missão existente e "ajudar a combater a grave epidemia de dengue que assola este arquipélago".
Além dos profissionais de saúde, a AMI vai ainda disponibilizar "recursos medicamentosos, equipamentos para um hospital de campanha, meios de deslocação e medicamentos, que vão chegar ao terreno já esta semana".
A mesma nota refere que a equipa da AMI vai "manter-se durante dois meses no terreno, onde prestará assistência médica junto do Hospital de S. Filipe", estando também prevista a "realização de campanhas de prevenção".
Segundo a Assistência Médica Internacional no final da semana deverá partir de Portugal uma segunda equipa, com destino a definir numa reunião de coordenação com o Ministério da Saúde cabo-verdiano.
Esta dupla operação de emergência visa "responder ao pedido de ajuda internacional feito pelo Governo cabo-verdiano", tendo a AMI solicitado também apoio ao IPAD (Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento) e à ECHO (o organismo de ajuda humanitária da Comissão Europeia), refere a organização liderada pelo médico Fernando Nobre.
O Ministério da Saúde de Cabo Verde informou ontem que, nas últimas 24 horas, se tinha registado no país 996 novos casos suspeitos de dengue, tendo 17 deles evoluído para febre hemorrágica, não se tendo registado qualquer óbito.
Segundo o Director-Geral de Saúde cabo-verdiano, Manuel Boal, desde o início da epidemia, em princípios de Setembro, já foram registados 13.187 casos suspeitos, tendo 93 deles evoluído para febre hemorrágica, havendo ainda seis vítimas mortais. Manuel Boal insiste na ideia de que "a melhor e mais eficaz via para combater a epidemia" é a luta anti-vectorial, pelo que apela às populações e às instituições públicas e privadas para "redobrarem esforços" para eliminar os "viveiros de mosquitos", como poças de água e lixo
OJE/LUSA

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