Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral adjunto do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Armindo Maurício, adianta que a decisão foi tomada pela Comissão Política na sequência dos esforços necessários para combater a epidemia.
Deixa-se assim cair, acrescenta, as datas de 20, 21 e 22 deste mês, tendo o congresso ficado marcado de 22 a 24 de Janeiro de 2010, altura em que os 450 delegados ratificarão a reeleição de José Maria Neves, actual primeiro-ministro, como líder do PAICV, definirão a estratégia para o ciclo eleitoral de 2011 e 2012 e, nesse âmbito, escolherão o candidato do partido às presidenciais.
"O congresso, inicialmente marcado de 20 a 22 de Novembro, foi adiado para os dias 22, 23 e 24 de Janeiro de 2010, tendo em conta o envolvimento de toda a sociedade cabo-verdiana no combate à epidemia da dengue", esclarece Armindo Maurício.
Segundo o também antigo ministro da Defesa cabo-verdiano, a Comissão Política do PAICV teve em conta "o envolvimento de todos os sectores da sociedade no combate sem tréguas à doença", aludindo à campanha de limpeza e de saneamento que começou na passada sexta-feira e que continua em curso.
Para Armindo Maurício a presença de 450 delegados ao Congresso na Cidade da Praia, onde a epidemia mais se faz sentir, seria também um "risco" para a saúde dos dirigentes do partido.
Segundo o secretário-geral adjunto do PAICV a Comissão Política do partido considera que já se registam "alguns sinais de estagnação da epidemia", embora o ambiente que prevalece na sociedade continue a ser de "apreensão e preocupação", exigindo de todas as autoridades e da sociedade "um esforço redobrado no sentido de rapidamente controlar e debelar a situação".
Mais de 13.000 pessoas são suspeitas de ter contraído dengue e seis morreram devido à doença.
OJE/LUSA
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