MAPUTO-A Frelimo e o seu líder e Presidente do país, Armando Guebuza, triunfaram em toda a linha nas eleições de 28 de Outubro. O partido no poder em Moçambique obteve 192 dos 250 lugares do Parlamento e o segundo recolheu 2,3 milhões de votos (77%), contra 420 mil (14%9) para Afonso Dhlakama e 280 mil (9%) para Daviz Simango. Estes são valores provisórios não oficiais, estando a divulgação dos resultados da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) prevista para 11 de Novembro. A CNE analisa actualmente uma série de votos para determinar se são ou não inválidos. Num país com elevada taxa de analfabetismo, muitos eleitores cometeram imprecisões no momento de votar, mas ainda que o número de boletins a requalificar seja importante, não irá pesar nos resultados finais.
No conjunto das eleições, os factos relevantes são o aumento da votação da Frelimo - cerca de 20% - e claro recuo da Renamo, que passa de 90 para 48 deputados, e do seu líder, que perde eleitorado. O novo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), de Simango, obteve um resultado relevante, ficando com oito representantes. O MDM concorreu em quatro províncias, tendo eleito deputados por Maputo e pela província de Sofala, centro do país.
Os resultados demonstram, para Luís Brito, investigador num instituto moçambicano citado ontem pela Lusa, que a Frelimo detém agora "a hegemonia total na cena política moçambicana", mas o futuro Governo tem uma "legitimidade popular diminuída", devido ao nível da abstenção: 56%
DN.PT-Por A.C.M
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