COPENHAGA-A China defendeu hoje que os países pobres devem ser prioritários na atribuição dos financiamentos para enfrentar o aquecimento climático, mas não exclui ser um beneficiário.
Ontem, um responsável citado pelo Financial Times deu a entender que a China poderia não aceitar os financiamentos.
A distribuição de "recursos financeiros para os esforços dos países em desenvolvimento" no que respeita à luta contra as alterações climáticas é "uma obrigação jurídica", referiu o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros He Yafei.
"Isto não significa que a China tomará uma parte, provavelmente não...Não esperamos que o dinheiro venha dos EUA, da Grã-Bretanha (ou de outros) para a China", acrescentou.
Hoje, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Jiang Yu, afirmou que o artigo "não estava correcto".
Segundo a porta-voz, o ministro terá declarado, numa entrevista ao diário britânico, que a China estava centrada "nas preocupações especiais dos países menos desenvolvidos, os países africanos e as pequenas ilhas".
He Yafei acrescentou que Pequim estava disposto "a dar prioridade a esses países para a utilização da ajuda" das nações ricas, disse ainda a porta-voz.
"A China, contando com os seus próprios recursos, tomou diversas medidas (...) Se pudéssemos ter ajuda internacional suficiente, acredito que a China poderia fazer ainda melhor para a protecção do ambiente mundial e na luta contra as alterações climáticas", disse a porta-voz.
A China, que é o país que mais emite gases com efeito de estufa, defende que os países industrializados devem ficar com o essencial da redução das emissões e dar uma ajuda financeira aos países pobres para ajudá-los a dotarem-se de tecnologias adequadas e a combaterem os efeitos do aquecimento.
OJE/LUSA
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