RIO DE JANEIRO-Um jornalista do ‘El País’ esteve sob captura e foi ameaçado de morte por criminosos do Morro dos Macacos, o mesmo local onde no sábado um helicóptero da Polícia Militar foi derrubado enquanto tentava travar uma guerra entre dois grupos rivais de traficantes, o que controlava a área e outro, o do Morro de São João, que tentavam expandir o seu território.
Francho Barón foi ao Morro dos Macacos, mas antes de entrar perguntou aos polícias que patrulhavam os perímetros como estava a situação no bairro. “Aparentemente está tranquilo, mas não posso garantir nada. Se entrar a responsabilidade é sua”, avisou um dos polícias.
Quando se encontrava numa tasca, foi abordado por um homem com cabeça rapada, entre 40 e 50 anos de idade, sem camisa e com um colar com um dente de um animal de grande porte. Repentinamente, o jornalista viu-se cercado por alegados traficantes.
Ajoelhou-se e colocou as mãos na nuca. Identificou-se como jornalista espanhol, ao líder do grupo, mas a situação complicou-se quando estes descobriram no seu equipamento um gravador e ficaram desconfiados de que o repórter trazia uma câmara escondida.
Enquanto estava sob ameaça de morte por traficantes armados com espingardas, teve de mostrar todo o equipamento que carregava para mostrar que não era uma ameaça. "Jornalista, pare de tremer. Se quiséssemos você já estaria morto", terá dito um dos traficantes, segundo relato do repórter, que acabou por ser libertado, mas sem parte do seu equipamento.
DN.PT
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