"Cabo Verde baptizou este ano de 2009 como o ano da construção e da habitação. Isto tem a ver com facto de ser um problema sério em Cabo Verde, a questão da habitação, nomeadamente a habitação social, com todos os inconvenientes que traz a habitação clandestina em termos de saneamento, de energia e urbanismo", salientou João Chantre.
O presidente da CCITPCV acrescentou que o evento, que decorrerá na Cidade da Praia entre os próximos dias 23 e 25, será composto por jornadas técnicas e uma bolsa de contactos empresariais.
"As jornadas técnicas servirão para dar uma realidade de outros tipos de construção e quais as tecnologias de construção adequadas para Cabo Verde, e a bolsa de contactos juntará empresas de construção, engenharia, arquitectura, materiais de construção e urbanismo", acentuou.
As Jornadas Técnicas são realizadas em parceria com a Universidade de Cabo Verde, onde serão analisadas e questionadas as ameaças e as oportunidades do sector para o desenvolvimento futuro de Cabo Verde, assim como uma Bolsa de Contactos que visa propiciar oportunidades específicas aos operadores do sector.
Parte da missão empresarial portuguesa permanecerá mais alguns dias em Cabo Verde após a realização da Feira, tendo previstas deslocações às ilhas de São Vicente e do Sal "para conhecerem também outra realidade do arquipélago", explicou.
O evento é organizado pelo Ministério de Descentralização, Habitação e Ordenamento do Território de Cabo Verde e pela FIC-Feira Internacional de Cabo Verde, que juntará 85 empresas do sector, provenientes de Portugal (10), Espanha, (23, todas das Canárias), Brasil, França e Luxemburgo (uma cada), sendo as restantes 49 cabo-verdianas.
Um estudo de 2008 revelou que Cabo Verde tem actualmente um défice de 80.368 alojamentos.
OJE/LUSA
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