A colaboração com a CIA deu-se no período em que Washington recorria a todos os expedientes para sabotar a revolução comunista naquela ilha, conforme revelou no livro que lançou hoje, segunda-feira.
Juanita Castro, de 76 anos, que vive exilada em Miami, conta no livro "Meus irmão, a história secreta", pormenores do ambiente familiar em Cuba e como foi procurada pela CIA quando se transformou numa crítica feroz da revolução em 1964.
Mais nova do que Fidel e Raúl, Juanita é a quinta de sete irmãos. Em entrevista televisiva transmitida na noite de anteontem, Juanita explica que tudo começou quando um amigo próximo a visitou para lhe dizer que a secreta dos EUA a queria como colaboradora. Essa pessoa disse -me que "a CIA queria falar comigo porque tinha coisas interessantes para me dizer e coisas interessantes para me pedir. Fiquei algo abalada, mas disse que sim", afirmou à rede Univisión, canal hispânico dos EUA. "Estava a começar a ficar desencantada com tanta injustiça, e dizia: 'Isto não é possível, estão errados", afirmou Juanita, revelando detalhes da relação com a CIA.
Nos anos 60, a CIA concebeu vários planos para derrubar o regime comunista cubano, incluindo matar Fidel. No seu livro, Juanita Castro diz que Raúl a advertiu de que sabia das suas críticas à revolução e que protegia opositores, pedindo-lhe que fosse uns tempos para o México. A 18 de Junho de 1964, Juanita viu Raúl pela última vez.
JN.PT
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