Capa do livro a ser apresentado no dia 23 próximo
Com este livro, Manalvo diz pretender traçar a vida política do homem que esteve na génese da democracia em Cabo Verde, “que a liderou na primeira década da sua existência, que mais a honrou pela forma como saiu da cena política nacional. Autor das reformas constitucionais que consagraram em lei o novo Estado de Direito, muitas foram as reformas que transformaram a face do país, que o abriram ao mundo, que elevaram as oportunidades e as condições de vida das suas populações”PRAIA-“Carlos Veiga, O Rosto da Mudança em Cabo Verde” é o título da biografia política, da autoria de Nuno Manalvo, apresentado na Biblioteca Nacional, cidade da Praia, na próxima sexta-feira, dia 23, às 18 horas”, dá conta uma nota de imprensa acabada de chegar à nossa redacção.
Segundo a nota, o livro é publicado pela conceituada editora portuguesa Alétheia, de Lisboa e, no dizer do autor, “um trabalho de investigação científica, isento e com a distância recomendada perante o objecto de estudo, centrado apenas em torno da história política recente de Cabo Verde”.
Nuno Manalvo, cientista político português, define Carlos Veiga, “founding father da democracia cabo-verdiana”, como “um político moderno e com uma visão do mundo que não é habitual em líderes africanos. Considera-o um embaixador da democracia no continente que mais dela necessita e dela tem falta”.
Com este livro, Manalvo diz pretender traçar a vida política do homem que esteve na génese da democracia em Cabo Verde, “que a liderou na primeira década da sua existência, que mais a honrou pela forma como saiu da cena política nacional. Autor das reformas constitucionais que consagraram em lei o novo Estado de Direito, muitas foram as reformas que transformaram a face do país, que o abriram ao mundo, que elevaram as oportunidades e as condições de vida das suas populações”.
Demonstrando profundo conhecimento da evolução e história políticas de Cabo Verde, Nuno Manalvo observa o processo da independência do País, a formação do Estado totalitário por um partido único de raiz marxista-leninista, o advento do processo democrático liderado por Carlos Veiga, até à sua candidatura à Presidência da República derrotada por um modo comprovadamente fraudulento.
Para o autor, Veiga sobrepôs o seu amor à liberdade e democracia às suas justificadas ambições pessoais, aceitando o incongruente veredicto do Supremo Tribunal, que validou as Presidenciais, reconhecendo a existência de irregularidades que subverteram os resultados eleitorais: “Apesar da revolta que então dividiu a sociedade e as instituições cabo-verdianas, incluindo a polícia e as Forças Armadas, Carlos Veiga decidiu não apelar aos milhares de apoiantes que só esperavam uma palavra sua para sair às ruas e exigir a recontagem dos votos e um desfecho diferente, como na Ucrânia, no Quénia ou, por estes dias, nas ruas de Teerão aconteceu”.
“Carlos Veiga, O Rosto da Mudança em Cabo Verde”, que será igualmente lançado em Portugal, é apresentado na cidade da Praia por Abraão Vicente, com a presença do autor, Nuno Manalvo, e do biografado.
LIBERAL.SAPO.CV
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