terça-feira, 20 de outubro de 2009

ANGOLA:O presidente executivo da TAP, Fernando Pinto, disse hoje, em Luanda, que uma possível fusão da TAP com as congéneres angolana TAAG e brasileira TAM é "um conceito com algum sentido", mas que "ainda não é o momento para ser concretizado".


LUANDA-O presidente executivo da TAP, Fernando Pinto, disse hoje, em Luanda, que uma possível fusão da TAP com as congéneres angolana TAAG e brasileira TAM é "um conceito com algum sentido", mas que "ainda não é o momento para ser concretizado".
"Tem razões estratégicas, seria uma empresa muito forte, mas por enquanto é só um conceito que nasceu, não sabemos onde, mas na actual situação de mercado não vemos que seja o momento. Contudo, acho uma boa ideia", salientou.
Fernando Pinto proferiu estas declarações à Agência Lusa, no final do seminário sobre Reestruturação do Sistema de Transporte Aéreo de Angola, organizado pelo Ministério dos Transportes angolano.
Relativamente à reestruturação em curso na TAAG, considerou que a TAP deu uma "pequena contribuição" na preparação do regresso da TAAG aos céus da Europa.
Fernando Pinto disse que a companhia aérea angolana, TAAG, precisa "dar mais atenção aos detalhes" para a sua saída definitiva da "lista negra" da União Europeia.
Em Julho de 2007, os aviões da TAAG foram proibidos de sobrevoar o espaço aéreo da Europa, depois de detectadas falhas no seu sistema de segurança por técnicos franceses, tendo apenas este ano voltado a voar parcialmente para a Europa, sendo Lisboa o único destino autorizado nesta fase de transição e onde a companhia tem em curso uma profunda reestruturação.
Segundo Fernando Pinto, a TAP ajudou a sua congénere angolana a desenvolver o seu projecto que tem como objectivo retomar os voos para a Europa.
"Tivemos uma pequena participação, em tornar realidade esse objectivo da TAAG de voltar a voar para a Europa. E foi importante para nós, na medida em que também se aprende quando se faz esse tipo de trabalhos", disse Fernando Pinto.
No seminário, Fernando Pinto falou aos participantes sobre o processo de reestruturação por que passou a TAP, em 2000, quando enfrentou um período de "desafios complicados".
De acordo com o presidente executivo da TAP, nesse ano, a companhia aérea portuguesa criou um plano de recuperação da empresa, que englobou a criação de conceitos inovadores, como serviços diferenciados, preços competitivos, comunicação intensa entre empregados e direcção e o congelamento de salários.
"Ainda estamos numa fase de reestruturação e, por isso, continuamos sempre a desenvolver novos processos para se adequarem às novas realidades", frisou Fernando Pinto, acrescentando que as operações para África são importantes para a companhia e Angola é a principal.
Para Fernando Pinto, o projecto de reestruturação da TAAG, "muito bem delineado", poderá, "em pouco tempo", culminar com a saída definitiva da empresa da lista negra da União Europeia.
Um ano depois, da proibição da TAAG sobrevoar o espaço aéreo europeu, a União Europeia autorizou a transportadora aérea angolana a voar apenas para um destino, que não excedesse as 10 frequências semanais, tendo Lisboa sido a rota escolhida pelo grande volume comercial.
OJE/LUSA

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