sábado, 14 de novembro de 2009

HOLANDA:Mais flexibilidade para pais no mercado de trabalho


O ministro holandês para a Juventude e a Família, André Rouvoet, quer mudar a cultura no mercado de trabalho para tornar mais aceitável que os pais tirem licença paternidade.

Actualmente, considera-se normal na Holanda que as mulheres passem a trabalhar menos quando têm filhos, mas os pais raramente trabalham um dia sequer a menos depois que um filho nasce.
Liberdade de escolha
O ministro pediu que fosse feita uma pesquisa para descobrir as razões pelas quais os homens não pedem licença paternidade nem diminuem sua carga horária após o nascimento de um filho. Ele acredita que a liberdade de escolha para os pais é limitada pelos padrões vigentes. Por exemplo, muitos homens acreditam que terão menos chance de promoção se trabalharem meio período. Eles também são desencorajados a utilizar as facilidades existentes na lei. De acordo com o ministro, “um mercado de trabalho moderno significa que famílias deveriam poder decidir elas mesmas como querem combinar suas vidas profissionais e privadas”.

Revezamento
O jornal holandês ‘Trouw’ publicou esta semana uma reportagem sobre a tese da professora Melinda Mills, da Universidade de Groningen, sobre o que ela denomina ‘revezamento de paternidade’. Sua pesquisa revela que 30% dos pais trabalham em horários irregulares. Frequentemente, a mãe tem um trabalho de meio período no final de semana enquanto o pai trabalha em horário integral. A pesquisa mostra que este tipo de modelo prejudica a vida familiar. Pais e mães que se revezam para cuidar dos filhos discutem e se divorciam com mais frequência. De acordo com a professora Melinda Mills, a vantagem deste modelo é que os pais passam substancialmente mais tempo com seus filhos.
O ministro Rouvoet acredita que é ‘fácil’ para as mulheres trabalharem menos enquanto espera-se que o homem continue trabalhando em período integral. “A questão é se isso vai de encontro aos desejos de muitos pais que querem ver seus filhos crescer e de muitas mães que querem se desenvolver profissionalmente”, argumenta o ministro.
RNW-Por Nicola Chadwick

Sem comentários:

Enviar um comentário

Comentar com elegância e com respeito para o próximo.