PRAIA-O líder da oposição, Carlos Veiga, assumiu hoje que a atribuição a Cabo Verde de um segundo compacto do MCA é também devido ao “papel fiscalizador” do MpD. Aos jornalistas, esta manhã durante uma conferência de imprensa, aquele dirigente criticou ainda a "intervenção" do governo na TACV e na ELECTRA , exigindo explicações do que pretende fazer para melhorar estas duas empresas públicas.
Carlos Veiga manifestou, hoje, o seu “mais profundo reconhecimento” ao povo americano, nomeadamente ao presidente Barack Obama, à secretária de Estado, Hillary Clinton, e à embaixadora em Cabo Verde Myles, pelo segundo compacto do MCA.
Um financiamento que assume também como do seu partido, por considerar que “tem sabido exercer o papel fiscalizador, enquanto oposição, prevenindo o desvirtuamento do Estado de direito e garantindo a transparência do sistema”. “É um estimulo para continuar a lutar por Cabo Verde”, reconhece.
Na mesma conferência de imprensa, o líder do MpD exigiu ao governo esclarecimentos do que pretende fazer para salvar a companhia aérea cabo-verdiana e assegurar o serviço público. “A TACV está em falência técnica por sucessivos erros de gestão decorrentes de escolhas pouco criteriosas ou pouco transparentes dos gestores e está envolvida numa espiral de dívidas que se agravou na última gestão, uma vez que subiram em cerca de três mil contos”, acusa.
Também a Electra foi alvo das críticas de Carlos Veiga, que exige ao governo uma “explicação cabal do que pretende com o serviço público de fornecimento regular de energia de qualidade para as famílias e as empresas, vital para o desenvolvimento do país”.
O líder ventoinha considera que “há um evidente desnorte de quem tão facilmente, e à pressa, nacionaliza como privatiza” a ELECTRA. “O governo anunciou um aumento de capital para, posteriormente, cingir em duas, uma para Sotavento e outra para Barlavento, tendo em vista a reprivatização, mas as informações são, manifestamente, insuficientes”.
O MpD também “contesta” o investimento que a Electra vai ter por parte do INPS (Instituto Nacional da Providência Social) como a aquisição de acções. “Os dinheiros do INPS, fruto dos descontos e contribuições dos trabalhadores, devem ser destinados a garantir o pagamento das prestações sociais e as suas pensões e reformas no futuro”, defende.
“Não é seguro e rentável nem gera liquidez o investimento numa empresa como a Electra que, ao longo da sua existência, nunca deu provas de consistência e sustentabilidade, nem de uma gestão empresarial competente e objectiva, porque nunca deu lucros mas sim prejuízos”, sustenta.
Neste sentido, Carlos Veiga reitera a exigência do Grupo Parlamentar do MpD, que quer chamar ao parlamento as ministras das Finanças e da Economia para prestarem esclarecimentos sobre este “negócio tão pouco transparente e anormal”. No entender do líder da oposição, “o INPS está a servir de caixa 2 ao Estado para viabilizar a maquilhagem das contas públicas”.
ASEMANA.SAPO.CV-POR IMN
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