Está decidido. O INPS vai investir a reforma dos cabo-verdianos na Electra. A decisão do governo foi oficializada ontem, quinta-feira, em Conselho de Ministros. O governo assegura que o INPS é gerido de forma "rigorosa" e "criteriosa", com "total transparência", daí fazer avançar para a estrutura accionista da Electra, o INPS entidade responsável pela segurança social dos trabalhadores.
"O executivo, estribado nos estudos já feitos, acredita, convictamente, que essa participação terá resultados muito positivos, sendo certo que se fará uma boa aplicação dos lucros", lê-se num despacho do gabinete da ministra da presidência do Conselho de Ministros.
A Electra - reitera o mesmo documento - vai passar por uma "reestruturação", que envolve a criação de uma holding que terá duas empresas. Barlavento e Sotavento.
"O governo está firme no seu propósito de reestruturar a Electra, e continuará a trabalhar para garantir aos cabo-verdianos e às empresas um serviço de fornecimento de energia eléctrica e de água, de maior qualidade, porquanto factores decisivos e potenciadores da competitividade do país", refere o mesmo documento.
O anúncio da entrada do INPS no capital social da Electra não foi acolhido da melhor forma. Há quem admite avançar com uma providência cautelar para abortar a concretização desta medida.
O MpD também se posiciona contra esta opção. O presidente do partido disse esta semana que a medida pode ser um risco. "Não é seguro e rendível nem gera liquidez o investimento numa empresa como a Electra", alertou Carlos Veiga, a propósito.
EXPRESSODASILHAS.SAPO.CV
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