CONACRI-Um relatório da comissão de inquérito da ONU considerou que o massacre de 28 de Setembro no estádio da Guiné Conacri constitui um “crime contra a humanidade”.
“É razoável concluir que os crimes perpetrados a 28 de Setembro de 2009 e nos dias seguintes podem ser considerados crimes contra a humanidade”, indica o relatório, que foi transmitido ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.
No inquérito da ONU foram feitas 700 entrevistas na capital Conacri, que corroboram os relatos das testemunhas que afirmavam que 150 pessoas tinham sido mortas na manifestação.
Pelo menos 109 mulheres foram violadas e sexualmente mutiladas. Centenas de outras foram sujeitas a abusos e torturas.
“A comissão considera que há provas suficientes para supor a responsabilidade criminal directa do presidente Moussa Dadis Camara”, diz o relatório.
Segundo o diário francês "Le Monde", para além do capitão Camara, a comissão de inquérito considerou ainda responsáveis o seu antigo ajudante de campo Aboubacar "Toumba" Diakite e um outro seu aliado, ClaudePivi.
O líder do Governo guineense está actualmente hospitalizado em Marrocos, depois de ter sofrido uma tentativa de assassinato.
A 28 de Setembro, as forças de defesa e de segurança espancaram e mataram a tiro os opositores do regime militar, reunidos no maior estádio de Conacri para exigir ao Presidente autoproclamado desde Dezembro de 2008, Dadis Camara, que não se candidatasse às próximas eleições presidenciais.
RR.PT
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