sexta-feira, 16 de outubro de 2009
CV:“O PROGRAMA DE LUTA CONTRA A POBREZA NO MEIO RURAL NÃO TERÁ EFEITOS NA REDUÇÃO DA POBREZA NO MEIO RURAL ”,REAFIRMA FRANCISCO TAVARES
ASSOMADA-“Valorizamos devidamente os investimentos feitos em jardins de infância, na expansão da rede de água, quanto nos centros comunitários e em actividades geradoras de rendimento. Contudo, estes investimentos não foram suficientes para reduzir o desemprego, a pobreza nem a exclusão educativa quanto para melhorar o abastecimento de água e a habitação”, assim reagiu o Presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina de Santiago, às declarações do coordenador nacional do Programa de luta contra a pobreza, Ramiro Azevedo que anteontem refutou publicamente, na TCV, a afirmação de Francisco Tavares de que “ o programa precisa de novos moldes ”.
A bem da verdade, o edil Santa Catarina valeu-se dos dados estatísticos e revalidou, ontem, em conferência de imprensa a sua afirmação: “Em 2007, cada habitante de Santa Catarina tinha cerca de 10 litros de água por dia, o equivalente a 1/5 do mínimo fixado pela OMS, nesse mesmo ano, cerca de 23% dos adolescentes e jovens abandonaram o liceu por não terem recursos para pagar transporte e outras despesas”. E acrescentou que nesse período as oportunidades económicas e de emprego não conheceram melhorias, já que a taxa de desemprego passou de 10 a 17%, e a taxa de desemprego entre os jovens transcendeu de 17 para 35%”. Outra prova é a o estudo sobre o mercado de trabalho revelou:
A intensificação da migração para a cidade da Praia e outras ilhas tem a sua origem na falta de oportunidades no concelho.
E a incidência da pobreza que no mesmo período passou de 40 a 43%, ou seja de 16 a 21000 pobres?São outros dados indesmentíveis (do censo 2000, da cartografia da pobreza e do QUIBB 2007, todos do INE), com os quais o autarca rebateu, com conhecimento da causa as palavras do coordenador do programa: “assim, resulta que não obstante os investimentos feitos, aumentou o desemprego, a pobreza, a exclusão educativa quanto a insegurança habitacional. Mas a pobreza são os pobres e eu conheço-os porque já visitei todas as famílias, temos um serviço social que trabalha com muito rigor e sensibilidade”.
Por isso a Câmara municipal disse reiterar a mesma conclusão:” Falharam os mecanismos, falharam as políticas. É preciso reconhecer e situar bem os erros do passado para se corrigir.E, é para essa correcção que nós predispusemo-nos”.
Aliás nos moldes actuais, sublinhou aquele Edil, o programa de luta contra a pobreza no meio rural não terá efeitos na redução da pobreza no meio rural, onde vivem 35000 Santacatarinenses. Não existe um programa de luta contra a pobreza no meio urbano onde vivem cerca de 15000 pessoas.
À luz do autarca da cidade do planalto do mato engenho, por enquanto, existem esquemas e não um verdadeiro sistema e o Programa de luta contra a pobreza não surtirá o efeito desejado, no concelho. Segundo a antevisão dele, “por este andar, cada vez mais jovens vão ficar sem emprego, à porta das universidades e assim excluídos, como muitas famílias correm o risco de ver as suas casas desabadas e nem atingiremos os mais importantes objectivos do milénio, como a redução da pobreza, do desemprego jovem, bem como da insegurança habitacional”.
LIBERAL.SAPO.CV
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