segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Conferência de Copenhaga é "depositária das esperanças da Humanidade", diz primeiro-ministro dinamarquês


COPENHAGA-A conferência climática de Copenhaga é "depositária das esperanças da Humanidade" nas próximas duas semanas, afirmou hoje Lars Loekke Rasmussen, primeiro-ministro dinamarquês, na abertura dos trabalhos, perante 1.200 delegados de todo o mundo.
"A alteração climática não conhece fronteiras. Não discrimina. Afecta-nos a todos. E se estamos aqui hoje é porque estamos determinados a agir", salientou Lars Loekke Rasmussen.
A Dinamarca vai presidir à conferência, que decorre até 18 de Dezembro, e tem como objectivo encontrar um acordo mundial sobre as emissões de gases com efeito de estufa para travar as alterações climáticas.
"Estou dolorosamente consciente de que têm perspectivas diferentes acerca do quadro e o conteúdo deste acordo", prosseguiu o responsável dinamarquês, referindo-se a um acordo "justo, aceitável para todos", além de "eficaz e operacional". Este acordo, "que convidamos todos os dirigentes a assinar, afectará o conjunto das sociedades em todos os seus aspectos".
Segundo Lars Loekke Rasmussen 110 chefes de Estado e de Governo anunciaram a presença em Copenhaga para o encerramento do encontro a 17 e 18 de Dezembro.

Cabo Verde, Costa Rica, EAU, Eslovénia, Islândia e Singapura defendem "nova atitude" face às mudanças climáticas.
Cabo Verde e cinco outro países reclamam, numa posição conjunta, uma "nova atitude global"sobre as alterações climáticas que o mundo deve instituir na cimeira de Copenhaga, que começa hoje na capital dinamarquesa.
Num comunicado conjunto, divulgado na Cidade da Praia, os ministros dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, Costa Rica, Emirados Árabes Unidos, Eslovénia, Islândia e Singapura lembram que as mudanças climáticas terão maior impacto nas comunidades mais vulneráveis, de fracos recursos naturais e com capacidade limitada para se adaptarem a estes desafios.
"As pequenas ilhas em desenvolvimento estão entre as mais vulneráveis, enfrentando igualmente a ameaça do aumento do nível da água do mar", lê-se no texto, onde se sublinha que, como as medidas preventivas são custosas, nem todos os países em desenvolvimento poderão implementá-las com os seus meios. Nesta perspectiva o chefe da diplomacia de Cabo Verde, José Brito, e os homólogos Bruno Ugarte (Costa Rica), Samuel Bogar (Eslovénia), Cheikh Abdallah Bin Zayid Al Nahyan (EAU), Össur Skarphéðinsson (Islândia) e George Yeo (Singapura) consideram que serão necessários apoios financeiros e tecnológicos aos países mais vulneráveis.
Na carta conjunta os seis ministros dos Negócios Estrangeiros defendem que as mudanças climáticas poderão também exacerbar as instabilidades políticas em regiões particularmente voláteis no mundo, criando novas disputas geopolíticas à volta dos já fracos recursos. "Contudo um acordo em Copenhaga com grandes cortes na emissão dos gases para limitar o aumento do aquecimento apenas a dois graus centígrados, e tomando em consideração o princípio de igualdade mas também o de responsabilidades diferenciadas, serão de capital importância recursos específicos".
O grupo de seis países, que apresentará as suas recomendações conjuntamente na capital dinamarquesa, defende que a comunidade internacional deve analisar a situação tendo como pano de fundo o "para além de Copenhaga", uma vez que as mudanças climáticas requerem uma governação global. Na carta os signatários recordam que os seis países estão a promover as energias limpas, energias renováveis e a eficiência energética, considerando que o combate às mudanças climáticas exige "um forte empenho a nível governamental".
OJE/LUSA

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