Direito de expressão, uma lei fundamental para uma imprensa livre
PRAIA-O crescimento dos media em Cabo Verde não tem sido acompanhado pelo aumento da qualidade. A análise foi do jurista e professor universitário Jorge Carlos Fonseca, que considerou insuficientes as condições de trabalho dos profissionais do sector, deficiente a regulação e continuada a interferência do estado nos órgãos de comunicação públicos.
Como reforçou o académico, a liberdade de expressão é externa mas também interna, ou seja, o jornalista deve ser livre na sua actividade.
"A informação, uma correcta e rigorosa informação, é uma condição para formar cívica e culturalmente", lembrou Jorge Carlos Fonseca, "e o direito a ser informado é a versão positiva do direito de se informar", sublinhou.
No entanto, os próprios jornalistas têm também de assegurar a seriedade, a consistência e a formação na profissão. "O jornalista não deve ser nem policia nem justiceiro", alertou, "é preciso cuidado quanto à presunção de inocência, aos atentados ao bom nome e à honra, ao respeito pelo segredo de justiça".Num recado para a comunicação social de Cabo Verde, o jurista declarou que o pais tem dado alguns passos, pequenos, nesta procura de liberdade de imprensa, mas que ainda são necessárias outras acções como diminuir a, que considerou, excessiva politização dos media, qualificar os profissionais, mais objectividade e isenção dos órgãos públicos.
EXPRESSODASILHAS.SAPO.CV
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