quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

CV:Representante dos EUA vai em Fevereiro a Cabo Verde para analisar ajuda financeira



PRAIA-Um representante dos EUA desloca-se a Cabo Verde em Fevereiro para contactar com as autoridades locais no sentido de analisar aspectos relacionados com o II Compacto de ajuda financeira ao arquipélago.
Fonte da embaixada norte-americana na Cidade da Praia disse à agência Lusa que o novo director-executivo do Millennium Challenge Corporation (MCC), Daniel Yohannes, estará em Cabo Verde a 4 e 5 de Fevereiro de 2010, onde se reunirá com o primeiro-ministro José Maria Neves e com o ministro dos Negócios Estrangeiros José Brito.
Paralelamente o director do MCC, nomeado pela administração de Barack Obama em Setembro último, vai encontrar-se com agentes da sociedade civil e com o Millennium Challenge Account (MCA) - Cabo Verde para se inteirar da execução do actual Compacto, que termina no final deste ano.
A 8 de Dezembro de 2009 o MCC anunciou que Cabo Verde fora eleito para um II Compacto, realçando tratar-se do primeiro Estado com o estatuto de País de Rendimento Médio (PRM) a beneficiar da ajuda.
Em declarações à Lusa José Brito indicou que Cabo Verde está a disputar com a Geórgia e com a Albânia os 300 milhões de dólares (214 milhões de euros) disponibilizados pelo MCC para o II Compacto, mas indicou que tenciona, por via diplomática, sensibilizar a entidade norte-americana a aumentar esse montante.
O MCC tem, desde 2008, um programa em Cabo Verde, integrado no MCA, no valor de 110 milhões de dólares (cerca de 77,8 milhões de euros), destinado a projectos de desenvolvimento do arquipélago.
Em Novembro último o representante residente do MCA-Cabo Verde, Stalis Solomon Panagides, disse à Lusa que o arquipélago alcançou "nota positiva e superior aos outros países da sua categoria" no processo de avaliação internacional, que visa testar a elegibilidade dos países aos fundos do MCC, feita tendo em conta os indicadores relativos à governabilidade, ao investimento na população e ao ambiente de negócios.
"Cabo Verde, nestes indicadores e em cada categoria, está na "zona verde", acima da média dos países do seu grupo de rendimento médio, disse Panagides, lembrando que a elegibilidade de Cabo Verde era a primeira condição que o arquipélago tinha de cumprir para concorrer ao II Compacto do Fundo do MCC.
No entanto o chefe da diplomacia cabo-verdiana frisou que "nada está totalmente garantido", explicando que, actualmente, há muitos pedidos de fundos por parte de outros países menos avançados e uma grande pressão da sociedade norte-americana, que tem apelado para que lhes seja dada prioridade.
OJE/LUSA

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