O Governo cabo-verdiano está a estudar a possibilidade de concretizar um "mega projecto" de florestação da ilha do Sal, uma das mais áridas do arquipélago de Cabo Verde, tendo em conta as potencialidades de distribuição das águas residuais.
A intenção é manifestada pelo ministro do Ambiente, do Desenvolvimento Rural e dos Recursos Marinhos cabo-verdiano, José Maria Veiga, que alega que o Sal tem "as bases capazes" para desenvolver o projecto de reflorestação. Segundo José Maria Veiga, que se encontra de visita à ilha, o projecto, ainda em estudo, terá de ser concretizado através de parcerias com a Câmara Municipal, Governo e instituições privadas que estão a trabalhar neste sector.
Na visita José Maria Veiga, que não adiantou os custos do projecto nem uma data para o início dos trabalhos, visitou os empreendimentos Águas da Ponta Preta e Viveiros de Cotton Bay, que considerou "parceiros experientes", já que têm a tecnologia disponível no sector.
"Sabemos que, para resolver um projecto desta natureza, é necessário que haja águas residuais", referiu, relevando o trabalho "fantástico" feito pela empresa Águas da Ponta Preta no sector de produção e distribuição de água residual, produção de energia e de dessalinização.
"Temos aqui na ilha do Sal as bases fundamentais que nos permitem pôr de pé este mega projecto de reflorestação", sublinhou José Maria Veiga, para quem a execução do projecto será uma forma de conseguir captar recursos internacionais existentes, na sequência dos grandes programas ligados às alterações climáticas.
Veiga visitou as obras de construção do empreendimento Vila Verde, que considerou o "maior projecto imobiliário" do país, e que, salientou, dará um "impulso ao turismo e ao emprego" na ilha, permitindo ultrapassar a situação de crise no sector com o estabelecimento de parcerias com instituições externas em várias áreas. A este propósito José Maria Veiga apelou à necessidade de todos os empreendimentos turísticos da ilha trabalharem com vista à preservação e melhoria do ambiente, nomeadamente na criação de espaços verdes para combater a desertificação.
OJE/Lusa
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