"Cabo Verde é um modelo de cooperação com a UE. Mais que um modelo é uma experiência positiva", disse Moratinos no final de uma reunião com o chefe da diplomacia de Cabo Verde, José Brito.
A UE e Cabo Verde realizaram a terceira reunião no quadro da Parceria Especial inaugurada em 2007 quando Portugal assumia a presidência europeia semestral rotativa.
José Brito assumiu que Cabo Verde quer ser "um modelo de diálogo" entre os países africanos e a UE. "Para um pequeno país como Cabo Verde, ter a possibilidade de expressar a sua opinião à UE é um momento muito importante", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde. José Brito sublinhou o "grande orgulho" que significa para o seu país ter a possibilidade de discutir e de realizar esse diálogo político "ao mais alto nível".
UE e Cabo Verde avaliaram a forma como se tem desenvolvido a Parceria Especial e reafirmaram os seus valores e interesses comuns, em particular o desenvolvimento da paz e segurança, democracia, boa governação, o respeito do primado da lei, direitos humanos e desenvolvimento económico.
O chefe da diplomacia cabo-verdiana realçou a intenção de o arquipélago se dotar de um nível legislativo europeu de forma a "criar um ambiente facilitador do investimento estrangeiro".
Com o relacionamento privilegiado entre europeus e africanos pretende-se reforçar o diálogo e a convergência política entre as duas partes e, principalmente, ir para além da relação tradicional doador/receptor caracterizada por transferências financeiras da Europa.
Cabo Verde também é um parceiro estratégico importante dos europeus na região da África Ocidental, ajudando a promover a segurança colectiva através da cooperação em sectores como o do tráfico ilegal de armas e drogas, migração ilegal, e a luta contra o terrorismo e o crime organizado.
OJE/LUSA
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