PRAIA-O Governo cabo-verdiano congratulou-se com os resultados de Cabo Verde no Índice de Liberdade Económica de 2010, divulgado pelo The Heritage Foundation e pelo Wall Street Journal, desdramatizando a descida de uma posição em relação a 2009.
Numa nota o Executivo de José Maria Neves, através do Ministério da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, lembra que Cabo Verde manteve o primeiro lugar entre os 15 países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e que, em comparação com os resultados de 2009, subiu 0,5 pontos na tabela.
O Index of Freedom of Economics 2010 é elaborado anualmente e visa medir os progressos dos países quanto às reformas e liberdades na economia, incluindo a liberdade fiscal, gastos (investimentos) do governo, liberdade (segurança) monetária e liberdade de investimentos.
No índice Cabo Verde desceu do 77.º para o 78.º posto, e com um resultado de 61,8 pontos, facto que levou o Executivo a defender que tal demonstra que as várias reformas na Administração Pública em curso "estão a ter impactos positivos".
"Os resultados mostram que Cabo Verde continua a melhorar os seus índices, apesar de se situar agora na 78ª posição, um lugar abaixo do Índex de 2009, muito devido à melhoria e subida de outros países, mais do que pela nossa performance, já que aumentámos o nosso score", lê-se no comunicado.
Já na tabela do continente africano Cabo Verde está na sétima posição, com um resultado, refere o Executivo de José Maria Neves, "muito superior à média dos outros países".
O Governo cabo-verdiano afirma porém que é esperada uma "melhoria ainda mais substancial" no próximo Índice, já que o impacto de outras reformas em curso não foi tido em conta para o relatório de 2010.
Na nota o Executivo lembra que, em 2009, o arquipélago registou uma melhoria de 3,4 pontos no âmbito geral, "provando a eficiência e impacto das reformas" em curso.
Um dos aspectos negativos da avaliação é a liberdade laboral, ou as leis de trabalho, entendidas como "relativamente rígidas", tornando "algo dispendioso um processo de despedimento de qualquer trabalhador".
No topo da tabela não foram registadas quaisquer alterações, com Hong Kong a manter-se no primeiro posto (89,7 pontos), seguido por Singapura (86,1), Austrália (82,1), Nova Zelândia (82,1) e Irlanda (81,3).
Na cauda da classificação, e a partir do 175 lugar, figuram a Birmânia (36,7 pontos), Eritreia (35,3), Cuba (26,7), Zimbabué (21,4) e Coreia do Norte (1,0).
OJE/LUSA
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