LUANDA-O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, lamenta que a cimeira da ONU sobre alterações climáticas, no mês passado em Copenhaga, tenha "ficado aquém das expectativas" e sem resultados para os países em desenvolvimento.
A Cimeira de Copenhaga foi, segundo José Eduardo dos Santos, "uma ocasião, senão perdida pelo menos adiada, para se dar mais um passo em frente no sentido de se fazer face às causas das alterações climáticas e se chegar a um consenso sobre a forma de conciliarmos o necessário desenvolvimento com a preservação do nosso planeta para as futuras gerações", sustentou durante uma cerimónia de apresentação de cumprimentos do corpo diplomático acreditado em Luanda.
No seu discurso o presidente angolano disse acreditar no diálogo como a melhor via para resolver conflitos, mostrando, porém, preocupação em relação ao "impasse" dos conflitos do Darfur, no Sudão, da Somália, do Saara Ocidental e da Guiné-Conacri.
"A nossa experiência mostra que só a paz e o Estado de Direito democrático poderão garantir a estabilidade necessária e imprescindível ao desenvolvimento sustentável dos países africanos".
A crise no Médio Oriente também mereceu uma referência do chefe de Estado angolano.
"Esperamos também que as partes em conflito no Médio Oriente não radicalizem de forma irredutível as suas posições e que consigam encontrar uma plataforma que permita aos povos de Israel e da Palestina encontrar um modus vivendi pacífico e colaborante, que respeite a autodeterminação dos respectivos povos e a construção dos respectivos estados soberanos."
O presidente insistiu na recomendação do diálogo para a crise do programa nuclear iraniano e da Coreia do Norte, bem como para a harmonização de posições no combate ao terrorismo e narcotráfico.
O chefe de Estado angolano disse ainda estar confiante no regresso em 2010 dos ritmos de crescimento económico no continente africano, após um ano de crise financeira global.
Na mesma cerimónia o embaixador do Gabão, Mandoukou Mziengui, decano do corpo diplomático acreditado em Luanda, condenou o ataque em Cabinda, reivindicado por duas facções das FLEC, que atingiu a comitiva da selecção de futebol do Togo, a dois dias da abertura do CAN 2010 em Angola, o maior acontecimento futebolístico do continente.
Oje/Lusa
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