PRAIA-"Os militantes do MpD (nos Mosteiros) estão sufocados e discriminados". A deúncia é do presidente desse partido, Carlos Veiga, que ontem, quarta-feira, terminou uma visita de dois dias aos Mosteiros.
Em declarações ao Expresso das Ilhas, no aeródromomo de S. Filipe, Carlos Veiga que se fez acompanhar por Laurenço Lopes, membro da Direcçao Nacional do MpD, nesta sua primeira missão oficial ao Fogo, repudiou o atentado contra o coordenador do partido nos Mosteiros, ocorrido no passado dia 20, e manifestou toda a solidariedade política e moral a Luís Alves Gonçalves. "Viemos dar todo o nosso apoio político, moral e jurídico", garante Veiga que se mostra preocupado com a conduta do chefe de Esquadra dos Mosteiros, Justiniano Moreno, acusado de "perseguir" os militantes do MpD, oposição.
Carlos Veiga não descarta a possibilidade de o MpD pedir a criação de uma CPI para apurar a veracidade das denúncias contra Justiniano Moreno. "Iremos utilizar todos os meios à nossa disposição", garante.
"Defendemos uma polícia prestigiada, que defenda direitos dos cidadãos", nota Veiga para quem a conduta do actual chefe de Esquadra é "altamente criticada". "Falta isenção e imparcialidade. Viola de forma sistemática a lei dos cidadãos. Tem feito afirmações inaceitáveis" adverte o líder da oposição.
O MpD promote combate político "fortíssimo" contra os alegados abusos do responsável da PN nos Mosteiros e garante que o partido vai tudo fazer para trabalhar o seu potencial político nos Mosteiros e na ilha do Fogo.
Carlos Veiga reconhece que aqueles que dizem ser do MpD nos Mosteiros e no Fogo são "muito corajosos"'. "São de uma coragem extraordinária", acrescentou, notando que o partido vai trabalhar o "forte potencial" existente na ilha. "Regressamos convencido de que temos um campo muito bom para trabalhar".
O líder da oposição avalia que durante a sua visita pode constatar "grandes preocupações", nos Mosteiros. Para além da indignação pela atitude dos policiais, "há um grande desemprego jovem" e "discriminação político/partidária" no acesso ao emprego.
Carlos Veiga esteve nos Mosteiros desde segunda-feira onde foi levar conforto político ao seu representante naquela região política, brutalmente agredido pelo chefe da Esquadra e outros dois agentes no passado dia 20 de janeiro. O caso já sugiu para o Tribunal aguardando-se julgamento.
EXPRESSO DAS ILHAS-ACG
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