PRAIA-O Movimento para a Democracia considerou "abomináveis" os actos "perseguição e maus-tratos" sofridos pelo coordenador do partido nos Mosteiros, alegadamente cometidos, no passado dia 20 de Janeiro, pelo chefe da Esquadra local e por mais dois agentes da Polícia.
O MpD não tem dúvidas de que o incidente que envolveu Luís Alves não passa de perseguição política. "O Chefe de Esquadra não escondeu isso quando na polícia, a dada altura, disse que ele tinha sido colocado nos Mosteiros pa bem cába cu quês bocadinho de MpD que fica li", referiu terça feira, em conferência de imprensa, o deputado pelo círculo eleitoral de São Filipe, Jorge Nogueira.
Este caso não foi o primeiro episódio envolvendo o chefe de esquadra em questão, e pessoas afectas ao MpD em Mosteiros. Jorge Nogueira recorda as denúncias avançadas por Nilton Rodrigues, candidato do MpD nas autárquicas de 2008, acusando esse chefe de esquadra de deter "sistematicamente, de forma abusiva e ilegal", os militantes do MpD que tivessem tido desentendimentos com os do PAICV.
"A acusação mais grave foi a do Chefe de Esquadra ter andado, pessoalmente, na manhã das eleições, a prender alguns dos principais líderes locais do MpD, sem qualquer acusação ou motivo, soltando-os depois da votação", aponta o deputado.
Quanto ao episódio do dia 20 nos Mosteiros, O MpD estranha o silêncio do Governo perante o facto de "tal gravidade". Nogueira diz que no passado dia 22 de Janeiro, o secretário-geral do partido contactou o Ministro da Administração Interna para relatar o sucedido, manifestando o seu desagrado. Jorge Nogueira diz que o Ministro da Administração Interna afirmou que "não tinha conhecimento dos acontecimentos" mas que lhe garantiu que "iria inteirar-se dos mesmos e contactaria o MpD", entretanto, até hoje não houve nenhuma declaração do Governo sobre o caso.
Jorge Nogueira diz ainda que depois do acto de 20 de Janeiro o partido "e os cabo-verdianos vêem assim, a qualidade da democracia que o Governo do PAICV tanto fala" acusa, para de seguida reforçar a ideia acusando José Maria Neves de querer branquear a situação "o primeiro-ministro, que tanto tem falado das liberdades, igualdades e direitos dos cidadãos e do enorme respeito que diz existir pela oposição, irá precisar de muitos holofotes da comunicação social para continuar a branquear tantas violações aos elementares direitos, legais e constitucionais dos cidadãos".
EXPRESSODASILHAS.CV
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