PRAIA-Eram 20h40 de ontem Domingo quando Carlos Veiga, acompanhado de Jorge Santos, Ulisses Correia e Silva, Amílcar Spencer Lopes e de outras figuras do MpD, entrava na ampla sala onde acabou por acontecer a primeira comunicação oficial acerca destas eleições.
Os dados disponíveis nesse momento já permitiram uma primeira avaliação e tudo indica que a participação é expressiva e Carlos Veiga é o novo presidente do MpD.
O sucessor de Santos, foi recebido com aplausos e manifestações de apoio. O grupo de militantes presente na sede, quiseram, assim, felicitar o novo timoneiro do "maior" partido de Cabo Verde, que tem um total de 32 mil eleitores.
Mal começou a sua intervenção, Veiga foi taxativo ao afirmar que o objectivo do partido é "ganhar" as próximas eleições legislativas e "voltar a ser poder" em Cabo Verde. "O MpD é o maior partido político de Cabo Verde, é o partido com maior implantação autárquica, não quer, todavia, o poder por poder", afirmou Veiga, explicando que o seu partido quer vencer o próximo ciclo eleitoral e assim "reforçar" a democracia, "promover" o desenvolvimento, "neutralizar" o desemprego, "dar confiança, justiça e segurança" aos cabo-verdianos e "conquistar" melhores condições de vida para todos. "São estas as metas em causa e que nos propomos atingir", indicou.
Sobre as eleições, em concreto, o novo presidente do MpD destacou a forma alegre como os militantes, no país e na diáspora, responderam ao apelo da direcção e considerou que o ir às urnas é uma "resposta clara" aos desafios lançados pela direcção do partido. "Fizeram-no com alegria e em massa. Fizeram-no com convicção, com civismo e apego às normas democráticas", elogiou.
Carlos Veiga que entretanto presidiu o MpD na década de 90, durante o tempo em que foi primeiro-ministro de Cabo Verde, reconhece que o cargo que doravante vai assumir é um "encargo pesado" mas "honroso" que ele próprio aceita com "toda a humildade e profundo sentido de responsabilidade".
"Tudo farei para consolidar a unidade e a força que hoje nos caracteriza", prometeu, para logo de seguida "saudar" o MpD e seus militantes. "Quero saudar muito especialmente meu grande companheiro Jorge Santos que soube conduzir o partido nestes últimos anos com dedicação e coragem e que soube valorizar superiores interesses do partido, viabilizando uma liderança de consenso alargado e unidade reforçada. A ele se deve, também, em parte relevante o sucesso que o partido hoje alcançou", enalteceu.
Olhando o cenário 2011, Carlos Veiga foi logo dizendo que não se espera "facilidades" e admitiu que os adversários políticos podem montar-lhes "armadilhas" ao longo do caminho. "Estamos avisados e preparados para os enfrentar. Não temos receios nem tibiezas. Sabemos ao que vimos, para onde vamos, o que queremos", assegurou.
No virar de página no MpD, Carlos Veiga não esconde os novos objectivos. "Lutamos para a vitória eleitoral em 2011 e 2012 para governarmos melhor Cabo Verde e que faremos com transparência e lealdade, sem batota, sem recurso à calúnia, à mentira ou à intriga", prometeu.
Fonte:Expressodasilhas.cv
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