quinta-feira, 8 de outubro de 2009

CV:Desenvolvimento/Corrupção: Cabo Verde lidera PALOP nos "rankings" da Fundação Mo Ibrahim e dos EUA


PRAIA:Cabo Verde lidera os países africanos de expressão portuguesa nos “rankings” de desenvolvimento e de combate à corrupção elaborados pelo Millennium Challenge Corporation (MCC), dos Estados Unidos, e da Fundação Mo Ibrahim, segundo os respectivos relatórios hoje divulgados.
No relacionado com a Fundação Mo Ibrahim, e referente aos 53 Estados de África, Cabo Verde ocupa a segunda posição, com 78,01 pontos (numa escala de 0 a 100), apenas atrás das Maurícias (82,83 pontos), e secundado pelas Seychelles (terceira, 77,13), com quem trocou de posição em relação ao relatório de 2008, Botsuana (quarta, 73,59) e África do Sul (quinta, 69,44).
São Tomé e Príncipe ocupa a 10ª posição, com 60,23 pontos, seguindo-se, no âmbito dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), Moçambique (26º posto, com 52,38 pontos), Guiné-Bissau (40º - 43.50) e Angola (42 - 41,02).

Em análise pela fundação estão quatro critérios: Segurança e Estado de Direito, Cidadania e Direitos Humanos; Oportunidades Económicas Sustentáveis e Desenvolvimento Humano.
Entre as quatro categorias de avaliação do Índex Mo Ibrahim 2009, a Segurança e Estado de Direito são aquelas em que Cabo Verde regista a maior pontuação, 89, 94, ocupando o primeiro lugar no continente africano, com São Tomé e Príncipe na 10ª posição, Moçambique na 18ª, Guiné-Bissau na 40ª e Angola na 47ª.
Cabo Verde desce para segundo no item dos Direitos Humanos e Cidadania, atrás das Maurícias, com São Tomé e Príncipe 12 lugar, seguido por Moçambique, 18º, Guiné-Bissau, 40º, e Angola, 47º.
Apesar de continuar a liderar nos PALOP, Cabo Verde desce para a quarta posição na categoria de Oportunidades Económicas Sustentáveis, atrás das Maurícias, Tunísia e Botsuana, à frente de Moçambique, no 30º posto, São Tomé e Príncipe, 33º, Angola, 40º, e Guiné-Bissau, 45º.
Cabo Verde ocupa, por fim, o quinto lugar no continente africano no que diz respeito ao Desenvolvimento Humano, atrás das Seychelles, Tunísia, Líbia e Maurícias, enquanto São Tomé e Príncipe ocupa o 12º posto, a Guiné-Bissau o 33º, Angola o 44º e Moçambique o 49, tendo apenas atrás de si Sudão, Zimbabué, Chade e Somália.

No relatório do MCC dos Estados Unidos, organização que coordena a cooperação e os investimentos norte-americanos em todo o mundo, o relatório sobre corrupção em cerca de uma centena de países de todo o mundo, Cabo Verde destaca-se como um país 100 por cento livre de corrupção entre os Estados de rendimento médio avaliados.
Ainda na categoria dos 35 países de rendimento médio avaliados, onde Cabo Verde é secundado pelo Butão (97 por cento), Jordânia (94 pc), Vanuatu (91 pc) e Samoa (88 pc), surgem mais dois Estados de Língua Portuguesa, com Timor-Leste a ocupar o 28º posto, com 21 por cento, e Angola, no antepenúltimo lugar, 33º, com apenas 6 por cento.
Já na lista dos 63 países de rendimento baixo avaliados, liderada pelo Lesoto, que também obtém 100 por cento, São Tomé e Príncipe está no 12º lugar, Moçambique no 19º e a Guiné-Bissau no 51º, sendo os últimos cinco lugares ocupados pelo Sudão, Afeganistão, Myanmar, Coreia do Norte e Somália, onde o índice é de 0 por cento.
Instada pela Agência Lusa a comentar os dois relatórios, a porta-voz do governo de Cabo Verde, Janira Hopffer Almada, sublinhou que tal se deve ao “excelente trabalho” desenvolvido pelo executivo de José Maria Neves, “que tem conseguido levar o país a novos patamares de desenvolvimento nunca antes vistos na história do arquipélago”.
SAPO.CV/LUSA.PT

Sem comentários:

Enviar um comentário

Comentar com elegância e com respeito para o próximo.