MADRID-Mariano Rajoy, líder do Partido Popular, maior formação da Opositora espanhola, anunciou domingo, que vai solicitar, nesta semana, a retirada da nova lei ampliada da interrupção voluntária da gravidez, que deve ser votada pelo Congresso.
Rajoy indicou, em conferência de Imprensa, que pedirá no Congresso dos Deputados por meio de uma emenda que a lei do aborto seja "devolvida ao Governo e não tramite".
O líder do PP considerou que a lei, que pretende ampliar a já existente, que data de 1985, "divide os espanhóis". Rajoy referia-se aos protestos dos autodenominados grupos pró-vida que se juntaram anteontem no centro de Madrid, numa manifestação contra o aborto que o dirigente popular considerou "um êxito", não obstante as diferenças dos números apresentados para contabilizat os participantes.
Assumindo que estiveram mais de um milhão de manifestantes - embora as análises sobre quantos participaram no protesto contra o aborto variem entre 55 mil e dois milhões - Rajoy disse que, "como ficou claro" na marcha "cada vida importa". Nesse sentido, recordou ao presidente do Governo, José Luis Rodríguez Zapatero, que a sua "obrigação é ouvir as pessoas".
O projecto de lei socialista prevê, principalmente, liberdade total para abortar em um prazo de 14 semanas de gravidez. Atualmente, o aborto é autorizado apenas em caso de estupro (até 12 semanas), má-formação do feto (22 semanas) ou "perigo para a saúde física ou mental da mãe" (sem limitação de tempo).
JN.PT
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