A combinação entre crise alimentar e recessão económica levou mais de mil milhões de pessoas em todo o mundo a uma situação de subnutrição, este ano.
O número de pessoas com fome aumentou 100 milhões desde 2008, revelam dados da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) e do Programa Alimentar Mundial (PAM), atingindo em 2009 o maior número de sempre.
“É intolerável”, considera o director-geral da FAO, Jacques Diouf, sublinhando: “Temos meios económicos e técnicos para fazer a fome desaparecer, o que falta é vontade política para a erradicar”.
O crescente número de pessoas com fome não é resultado de fracas colheitas, mas do elevado preço da comida – sobretudo, nos países em vias de desenvolvimento – de maus rendimentos e do desemprego, alerta o responsável.
Antes das crises gémeas (alimentar e financeira), o número de pessoas mal nutridas manteve-se durante uma década, revertendo o progresso registado nos anos 80 e 90.
RR.PT
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