Os rivais políticos de Madagáscar chegaram a acordo quanto a cargos governamentais de destaque num novo executivo de unidade nacional.
O anúncio segue-se a semanas de discussões para acabar com a crise política que começou no início deste ano. Segundo o acordo, Andry Rajoelina continua a assumir a presidência do país.
Rajoelina derrubou o antigo Presidente Marc Ravalomanana em Março com o apoio do exército depois de meses de protestos anti-governo.
Ele e os seus aliados acusaram o Ravalomanana de ser um tirano e de esbanjar os dinheiros públicos.
A confrontação política levou à morte de mais de cem pessoas e prejudicou a indústria turística da ilha.
Um acordo de partilha do poder foi negociado em agosto depois de conversações na capital moçambicana, Maputo.
No entanto, os partidos da oposição recusaram-se a reconhecer ministros nomeados por Rajoelina e acusaram-no de infringir o acordo.
Desenvolvimentos
Mas ao falar esta terça-feira à noite, Ange Adrianarisoa, que lidera uma das quatro delegações disse que os intervenientes tinham conseguido chegar a acordo.
"Agora temos três cargos que estavam a faltar em Maputo," disse Ange Adriannarisoa.
Nas negociações de ontem na capital malgaxe, Antananarivo, os três postos não atribuídos nas conversações da capital moçambicana em Agosto ficaram decididos.
Para além de Andry Rajoelina no cargo de Presidente, também ficou decidido que o vice-Presidente é Emmanuel Rakotovahiny e o Primeiro Ministro é Eugene Mangalaza.
Adrianarisoa disse que Ravalomanana aceitou a presidência de Rajoelina sob condição dele não se candidatar à próxima eleição presidencial.
Por sua vez, Rajoelina assumiu a responsabilidade de respeitar os acordos de Maputo e aceitou a nomeação do Primeiro Ministro por parte da oposição.
Mas em troca a comundiade internacional deve levantar as sanções ao país e apoiar o processo de transição.
Rajoelina, de 35 anos, não é reconhecido internacionalmente como o Chefe de Estado de Madagáscar e muitos países suspenderam a sua ajuda.
O Presidente da comissão da União Africana, Jean Ping, que presidiu às negociações desta terça-feira em Antananarivo, disse que é imperativo que os partidos respeitem o acordo de partilha de poder.
BBC AFRICA.COM
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