terça-feira, 6 de outubro de 2009

S.TOMÉ E PRINCIPE:Primeiro-ministro de São Tomé anuncia leilão de blocos petrolíferos em 2010

LUANDA-O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe disse hoje em Luanda que os primeiros blocos petrolíferos do arquipélago deverão ser leiloados no primeiro trimestre de 2010, esperando beneficiar da experiência angolana para o desenvolvimento do sector.


Após uma audiência com o presidente angolano, José Eduardo dos Santos, o primeiro-ministro são-tomense, Rafael Branco disse esperar que São Tomé e Príncipe beneficie da "grande experiência que Angola adquiriu" no sector petrolífero.
"Angola é um país de referência, tem uma empresa de referência mundial (Sonangol) e tem quadros que formou ao longo dos anos", disse Branco, para adiantar que espera que as empresas petrolíferas angolana e são-tomense possam "também cooperar" para desenvolver o sector no arquipélago.
Rafael Branco sublinhou que Angola "é um dos maiores produtores de petróleo" e São Tomé e Príncipe "ainda nem começou a produzir", mas aposta nas boas relações entre os dois países para fazer vingar o petróleo no seu país, e anunciou que no primeiro trimestre de 2010 vão ser postos a leilão novos blocos no mar são-tomense.
O chefe de Governo são-tomense espera "não cometer os erros que outros cometeram" quando iniciaram a produção petrolífera e, também nesse aspecto, disse contar com o apoio de Luanda.
Em Junho, a Agência Nacional de Petróleos (ANP) de São Tomé e Príncipe tinha previsto a realização do leilão em Novembro, mas a legislação que enquadra o sector petrolífero no arquipélago ainda não foi promulgada.
O presidente de São Tomé e Príncipe, Fradique Menezes, ainda não regressou ao país desde a sua partida para Nova Iorque, onde esteve presente na sessão de abertura da assembleia-geral da ONU, encerrada no dia 29.
Rafael Branco, que a seguir ao encontro com José Eduardo dos Santos, reuniu com o seu homólogo Paulo Kassoma, adciantou à Lusa que Luanda tem sido essencial no apoio ao seu país em tempo de crise, nomeadamente através de um empréstimo.
Rafael Branco disse quando chegou a Luanda que esta visita, a convite de Paulo Kassoma, serve também para agradecer ao Governo angolano esse apoio essencial ao arquipélago que, admitiu, sentiu de forma "particularmente difícil" os efeitos da crise.
"Os anos de 2008 e 2009 têm sido bastante difíceis para a maioria dos nossos países, particularmente para os são-tomenses, mas nós conseguimos superar as dificuldades graças ao apoio de Angola", afirmou aos jornalistas.
OJE/LUSA.PT

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