UE:Presidente checo reforça «objecções» ao Tratado de Lisboa

Vaclav Klaus afirmou, esta quarta-feira, que receia «o aprofundamento da integração no quadro da União Europeia» e reafirmou a intenção de não assinar o Tratado de Lisboa enquanto tiver «objecções» ao documento.

«As condições que apresentei para assinar o Tratado de Lisboa são muito sérias. Não tem fundamento a ideia de que eu posso esquecer as minhas objecções nos próximos dias», afirmou Klaus durante uma conferência de imprensa dada em conjunto com o presidente russo, em Moscovo, onde o chefe de Estado checo se encontra em visita oficial.
«Não vejo razões nenhumas para enviar um sinal de Moscovo à União Europeia... Eu expliquei ao senhor Presidente [Medvedev] que receio, e não só eu, o aprofundamento da integração no quadro da União Europeia. Para mim, trata-se de uma questão séria, vital e de princípio», afirmou.

«Disse ao senhor Presidente [Medvedev] em que etapa das conversações com Bruxelas nos encontramos. Do meu ponto de vista, as condições que eu coloquei para assinar o tratado são sérias», reafirmou.
Depois de aprovado em referendo na Irlanda e de ratificado pelo chefe de Estado polaco, o Tratado de Lisboa só depende agora da ratificação da República Checa para que possa entrar em vigor.
No entanto, Vaclav Klaus exige que seja acrescentada uma adenda ao texto do tratado, onde se explicite que os alemães expulsos da região do Sudetas depois da segunda guerra mundial, não têm qualquer direito sobre as propriedades que ocuparam, nem lhes é devida qualquer indemnização.
Um argumento que, para muitos, não passa de um pretexto de Klaus, que já por várias vezes se manifestou contrário à ideia de uma Europa supranacional.
ABOLA.PT