LISBOA-A candidatura do Fado a Património da Humanidade pela UNESCO é, hoje, apresentada na Assembleia Municipal de Lisboa pelos comissários científicos Sara Pereira e o musicólogo Rui Vieira Nery, e será posteriormente debatida pelos deputados municipais e sujeita a votação.
A proposta da candidatura é subscrita pelo presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, e pelos vereadores Pedro Santana Lopes (PSD), Ruben de Carvalho (PCP) e António Monteiro (CDS).
A directorda do Museu do Fado, Sara Pereira, afirmou que a candidatura "não irá colocar o Fado numa arca frigorífica ou pôr um selo, ou dizer o que é e o que não é fado".
A candidatura, explicou Sara Pereira, assenta em três vetores: um plano de salvaguarda, um eixo pedagógico junto das escolas e universidades, e um projeto de edições e investigação.
A candidatura do Fado a Património Cultural Imaterial da Humanidade é coordenada pela Empresa municipal de Gestão dos Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), através do Museu do Fado, em parceria com o Instituto de Etnomusicologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
A Comissão Nacional da UNESCO deverá depois propor a classificação do "fado como prática expressiva profundamente enraizada em Lisboa, mas que assume uma universalidade, o fado como arte que se recria ainda hoje, se reinventa, por isso não o vamos seccionar", explicou à Lusa Sara Pereira.
"Este plano necessariamente vai proteger a matriz, o tradicional, a memória", acrescentou Sara Pereira.
SIC/LUSA
(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)
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