quinta-feira, 15 de outubro de 2009

CV:ECONOMIA CABO-VERDIANA SEM SINAIS DE RETOMA


ECONOMIA CABO-VERDIANA SEM SINAIS DE RETOMA
PRAIA-A economia cabo-verdiana continua a não dar sinais de retoma, mantendo o cenário de crise dos últimos meses, e no 3º trimestre de 2009, o indicador de clima voltou a inverteu a tendência ascendente do último trimestre, com os dados a apontarem para o abrandamento do ritmo de crescimento económico. Estes dados foram divulgados esta semana pelo Instituto Nacional de Estatísticas e resultam do Inquérito às empresas cabo-verdianas no último trimestre.
“Observa-se ainda que o indicador de clima evoluiu negativamente face ao trimestre homólogo, a conjuntura económica é desfavorável”, diz o INE, explicando que este diagnóstico conjuntural resulta da síntese das apreciações transmitidas pelos empresários da construção, comércio em estabelecimento, turismo, indústria transformadora e transportes e serviços auxiliares aos transportes.
No sector da indústria transformadora, o indicador de confiança inverteu a tendência ascendente do último trimestre, a conjuntura continua favorável, aliás, um dos sectores a registar melhorias, a par do comércio em feira.
Nos sectores dos transportes e serviços auxiliares aos transportes, o indicador de confiança manteve-se estagnado, enquanto no sector do turismo, o indicador de confiança manteve a tendência descendente desde o terceiro trimestre 2004, daí a conjuntura ser desfavorável.
Em relação ao comércio em estabelecimento, o indicador de confiança também manteve-se estagnado, a conjuntura no sector é desfavorável, enquanto no sector da Construção a conjuntura é desfavorável, tendo em conta que o indicador de confiança manteve-se estagnado relativamente ao trimestre anterior.
Eis os resultados por sector, no3,º Semestre de 2009 conforme os dados divulgados pelo INE:
INDÚSTRIA TRANSFORMADORA

De acordo com os resultados obtidos no 3º trimestre de 2009, constata-se que o indicador de confiança inverteu a tendência ascendente do último trimestre, os resultados agora apurados fixaram o indicador no nível acima da média da série, a conjuntura no sector continua a ser favorável pese embora, a evolução negativa relativamente ao trimestre homólogo. Esta deveu-se ao comportamento desfavoráveis das variáveis produção actual e perspectiva de produção face ao mesmo período do ano 2008. As principais causas das dificuldades referidas, de acordo com a opinião dos empresários, são as de falta de água e energia e matéria-prima que, se acentuaram relativamente ao trimestre homólogo. Tiveram ainda importância, equipamento insuficiente, dificuldades financeiras e falta de mão-de-obra especializada.
TRANSPORTES E SERVIÇOS AUXILIARES AOS TRANSPORTES

De acordo com os resultados obtidos no 3º trimestre de 2009, constata-se, que o indicador de confiança manteve estagnado. Os resultados agora apurados fixam o indicador num nível abaixo da média da série. A conjuntura no sector é desfavorável, tendo ainda o indicador de confiança evoluído negativamente face ao mesmo período do ano 2008. Esta evolução negativa deveu-se ao comportamento desfavorável de todas as variáveis que compõem o indicador face ao trimestre homólogo. Em relação aos principais factores que limitaram a actividade das empresas, constata-se que, de acordo com os resultados obtidos no terceiro trimestre de 2009, a insuficiência da procura e as dificuldades financeiras continuam a ser obstáculos às empresas do sector de transportes e serviços auxiliares aos transportes, que se acentuaram relativamente ao trimestre homologo, assim como a concorrência e o excesso de burocracia e regulamentações estatais.


TURISMO
No 3º trimestre 2009, verifica-se que o indicador de confiança manteve a tendência descendente dos últimos trimestres, a conjuntura no sector é desfavorável. Constata-se ainda, que o indicador de confiança evoluiu negativamente face ao trimestre homólogo, devido ao comportamento desfavorável de todas as variáveis que compõem o indicador face ao mesmo período do ano 2008. Em relação aos principais factores que limitaram a actividade das empresas, constata-se que a insuficiência da procura e as dificuldades financeiras são, segundo os empresários do sector do turismo um dos grandes obstáculos do sector actualmente que, se acentuaram face ao trimestre homólogo. No entanto, as dificuldades em encontrar pessoal qualificado e preços de venda demasiado elevados contribuíram negativamente ao desenvolvimento normal na actividade das empresas.
CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS

De acordo com os resultados obtidos no 3º trimestre 2009, constata-se que, o indicador de confiança manteve-se estagnado, observa-se ainda que, desde terceiro trimestre 2005 que a confiança dos empresários não esteve tão baixo, sendo este o valor mais baixo registado nos últimos 14 trimestres consecutivos, a conjuntura no sector continua a ser desfavorável. Observa-se ainda que, o indicador de confiança evoluiu negativamente face ao trimestre homólogo. Esta evolução negativa deveu-se ao comportamento desfavorável de todas as variáveis que compõem o indicador face ao mesmo período do ano 2008. Na opinião dos empresários do sector da construção, a insuficiência da procura e o elevado absentismo da mão-de-obra são os principais constrangimentos do sector que se acentuaram face ao trimestre homólogo. No entanto, a deterioração das perspectivas de vendas, falta de materiais e insuficiente capacidade de oferta são, factores que limitaram de forma sensível a actividade das empresas no decorrer do terceiro trimestre de 2009.

COMÉRCIO EM ESTABELECIMENTO
No 3º trimestre de 2009, o indicador de confiança manteve estagnado. Os resultados agora apurados fixam o indicador no nível abaixo da média da série, a conjuntura no sector é desfavorável, tendo o indicador evoluído negativamente face ao trimestre homólogo. Esta evolução negativa deveu-se ao comportamento desfavorável das variáveis actividade actual e perspectiva actividade face ao mesmo período do ano 2008. As principais causas das dificuldades referidas, de acordo com a opinião dos empresários, recaem nas dificuldades financeiras e insuficiência da procura. São ainda importantes, excesso de burocracia e regulamentações estatais, ruptura de stocks e preços de venda demasiados elevados que, continuam a ser um forte obstáculo às empresas do comércio em estabelecimento.
COMÉRCIO EM FEIRA

No 3º trimestre de 2009, constata-se que, o indicador de confiança manteve a tendência ascendente dos últimos trimestres, é o valor mais alto registado nos últimos vinte cinco (25) trimestres consecutivos tendo, o indicador passado a terreno positivo. A conjuntura no sector é favorável tendo o indicador de confiança evoluído favoravelmente face ao mesmo período do ano 2008. Esta deveu-se ao comportamento positivo das variáveis perspectiva de vendas e perspectiva de encomendas face ao trimestre homólogo.
LIBERAL.SAPO.CV

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