Poder civil da União Europeia é 'muito aparente'
Um relatório recententemente publicado critica os esforços da União Europeia de apoio à paz em todo o mundo, argumentando que muitos países da organização não cumpriram os compromissos assumidos.
O estudo intitulado "Pode a UE restaurar estados falhados?" foi publicado pelo Conselho da União Europeia para as Relações Externas.
Do Afeganistão ao Corno de África tem-se vindo a tornar cada vez mais claro que, actualmente, a fragilidade de vários países constitui o maior desafio à paz e estabilidade mundiais.
O documento refere que será crucial lidar com estados falhados ou tendencialmente falhados identificando atempadamente os seus problemas ou aplicando as soluções apropriadas. Nesse sentido, a União Europeia acredita haver muito por oferecer.
'Poder Civil'
Colectivamente, o orçamento de desenvolvimento da União Europeia é o maior do mundo e com ampla disponibilidade de recursos humanos, tem-se considerado detentora de um "poder civil".
Mas, segundo o relatório o historial de realizações da organização é misto. Segundo defende "o suposto poder civil da UE é muito aparente" e sustenta que enquanto "se desdobra para recrutar civis para integrar as suas missões, vê-se frequentemente confrontada com resultados irrisórios".
Parte do problema, segundo identifica, é a falha em assumir bons compromissos. Mas a experiência inicial da União Europeia nos Balcãs - a que o estudo chama "Modelo Bósnio" - teve um peso excessivo nas operações seguintes.
O relatório defende que a União Europeia deve repensar toda a sua abordagem em intervenções no estrangeiro e concentrar-se na sua rapidez, segurança e auto-suficiência.
As constatações do relatório tem importância acrescentada pelo facto de nos próximos meses - se o tratado de Lisboa entrar em vigor - a União Europeia poderá proceder a numa reforma profunda da sua política externa.
BBC Em Português para Africa
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