segunda-feira, 12 de outubro de 2009

PORTUGAL:Sócrates vai dialogar com partidos para formar executivo de quatro anos


À saída da audiência em Belém com Cavaco Silva, José Sócrates manifestou-se disponível para dialogar sem "reserva mental" e "preconceitos" com os demais partidos, na elaboração do próximo Governo. Clique para visitar o dossiê Portugal 2009
LISBOA-O primeiro-ministro indigitado, José Sócrates, anunciou hoje que irá ouvir esta semana os partidos para dar início ao processo de constituição do Governo para "quatro anos", manifestando-se disponível para dialogar sem "reserva mental" e "preconceitos".

"Vou reunir esta semana com os partidos políticos, com todos os partidos políticos, com vista a apurar da disponibilidade dos partidos para darem um contributo para a governabilidade e para a resolução dos problemas do país", afirmou o primeiro-ministro indigitado, em declarações aos jornalistas à saída de uma audiência com o Presidente da República, Cavaco Silva.
Sublinhando que se trata de "um gesto de aproximação e um gesto de diálogo", José Sócrates frisou a necessidade do país ter "um Governo para quatro anos", estável e que tenha condições para responder aos problemas do país.
Responder aos problemas "Quero assegurar-vos que a minha vontade é estabelecer um quadro de diálogo político,que permita ao país ter a consciência que necessita de ter um Governo de quatro anos e um Governo estável, que responda aos problemas do país", enfatizou.
Questionado se das reuniões com os partidos já poderão sair acordos, o primeiro-ministro indigitado disse tratar-se de uma questão que dependerá das primeiras conversas, mas garantiu não colocar "nada de lado". Contudo, acrescentou, "alguma possibilidade de entendimento necessitará de reuniões subsequentes para dar conteúdo a esses entendimentos".
Insistindo na ideia da criação de "um novo clima político" de "diálogo", José Sócrates ressalvou que existe uma "grande diferença" entre o que foi dito durante a campanha eleitoral e aquilo que é agora dito, já depois de ter sido indigitado para o cargo de primeiro-ministro. "É preciso um Governo para quatro anos, um Governo que não teve maioria absoluta precisa de dialogar, é isso que estou a fazer", reiterou, reafirmando a sua "vontade de compromisso" e "a vontade de quem estende a mão".
Disponibilidade total José Sócrates escusou-se, contudo, a delimitar quaisquer limites para a sua disponibilidade, assegurando partir para o diálogo sem preconceitos. Não parto para esse diálogo com preconceitos ou com a intenção de apenas encenar o diálogo. Parto com a vontade de estabelecer um diálogo político com todos os partidos. Acho que esse é o meu dever. Não se parte para esse diálogo impondo condições ou com reserva mental ou com preconceitos", declarou.
Relativamente ao futuro elenco governativo, o primeiro-ministro indigitado adiantou que só começará a pensar nele depois das conversas com os partidos, para as quais parte "com espírito aberto e de coração limpo".
"Não podemos ter atitude precipitadas, o Governo precisa de ser feito depressa e bem. Há sempre um compromisso a obter entre a pressa e a qualidade política do Governo", finalizou.
EXPRESSO.PT

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