quinta-feira, 15 de outubro de 2009

TPI:Julgamento do sérvio Radovan Karadzic marcado para 26 de Outubro


O julgamento do antigo líder político dos sérvios da Bósnia, Radovan Karadzic, por crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio vai começar a 26 de Outubro, anunciou, hoje, o Tribunal Penal Internacional (TPI) para a ex-Jugoslávia.


"O julgamento vai começar segunda-feira 26 de Outubro na sala de audiências um", anunciou o presidente do colectivo encarregado do processo de Karadzic, o juiz O-Gon Kwon.

O julgamento estava inicialmente marcado para 19 de Outubro, mas foi adiado para 21 de Outubro por "razões administrativas". Terça-feira, o TPI anunciou novo adiamento.
Radovan Karadzic tinha pedido um adiamento de vários meses com o argumento de que não dispunha de tempo suficiente para preparar a defesa, tendo nomeadamente em conta que o processo da acusação tem um milhão de páginas.
Na terça-feira, a câmara de recurso aceitou dar algum tempo ao acusado, pedindo à câmara de julgamento que inicie o julgamento uma semana depois de a acusação entregar a acta definitiva, o que deve acontecer o mais tardar a 19 de Outubro.
Radovan Karadzic, 64 anos, foi detido em Belgrado a 21 de Julho de 2008, depois de 13 anos em fuga.
Dois anos de julgamento previstos
O antigo líder político sérvio-bósnio é acusado de 11 crimes cometidos durante a guerra da Bósnia (1992-1995), entre os quais o cerco de Sarajevo, em que morreram 10.000 pessoas, e o massacre de Srebrenica, no qual 8.000 homens e rapazes muçulmanos foram executados.

O julgamento tem uma duração prevista de dois anos.
Os dois primeiros dias deverão ser consagrados à declaração liminar da acusação. Ao longo do primeiro ano, o procurador do TPI, Serge Brammertz, deve apresentar os elementos que sustentam as acusações, que correspondem aos testemunhos de várias centenas de vítimas, familiares de vítimas e peritos.
O TPI continua a exigir às autoridades sérvias a detenção de Ratko Mladic, de 67 anos, antigo comandante militar dos sérvios da Bósnia igualmente acusado de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio.
Desde que foi criado, em 1993, o tribunal acusou 161 pessoas implicadas nas guerras da ex-Jugoslávia. Cento e vinte processos foram concluídos.
LUSA.SIC.PT

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