ESPARGOS-Os moradores da vila turística de Santa Maria, na ilha do Sal, manifestam-se preocupados com a situação reinante face à droga e prostituição nessa localidade e apelam às autoridades competentes a uma maior atenção e tomada de posição nesta matéria.
Essa problemática tem estado a dividir opiniões no seio das pessoas em Santa Maria.
Em conversa com o repórter da Inforpress no local, algumas pessoas se posicionaram dizendo que o problema não reside concretamente na questão das raparigas (na maioria dos casos oriundas da CEDEAO), se prostituírem, mas sim nos males que isso causa à sociedade.
Algumas pessoas consideram que o desenvolvimento da Vila de Santa Maria foi bom por um lado, mas, admitem que a sua população, particularmente os jovens, está a pagar um preço muito elevado por isso.
Confrontado com esta problemática, o comandante da Esquadra da daquela localidade, Roberto Fernandes, referiu que, na qualidade de vila mais turística de Cabo Verde, seria utópico pensar que Santa Maria estaria livre destes dois fenómenos, isto é, tráfico e consumo da droga e prostituição.
Relativamente à prostituição, o comandante Fernandes esclarece que, infelizmente, se trata de uma matéria que não tem previsão legal, nem como crime nem como contra ordenação.
“A nossa actuação sobre a matéria, embora limitada, por uma questão de legalidade, tem incidido basicamente, quando se trata de prostituição importada, de países particularmente da CEDEAO, sobretudo a Nigéria. O trabalho da polícia tem tido o seu efeito. Santa Maria já esteve pior no que respeita à droga e prostituição”, referiu.
O comandante garante entretanto que actualmente a situação está mais calma. Conforme referiu, houve uma altura em que duma sentada foram mandadas de volta 23 cidadãs da costa oeste-africana, suspeitas de prática de prostituição.
No que concerne o tráfico da droga, embora tratar-se, conforme disse, de um crime da área de investigação, portanto, da competência da Polícia Judiciária, a PN actua entretanto perante os crimes cometidos em flagrante delito.
Neste aspecto, o comandante Roberto Fernandes assegura que a PN não tem dado tréguas.
“As detenções têm aumentado, consideravelmente de 2006 a esta parte, com a criação de uma Brigada de Investigação Criminal em Santa Maria, que tem dado muita atenção a este aspecto de tráfico na via pública”, salientou.
SAPO.CV/INFORPRESS.CV
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