PRETORIA-O presidente sul-africano Jacob Zuma reclamou terça-feira a flexibilidade das condições de uso de armas de serviço pelos agentes da polícia, um assunto popular numa sociedade confrontada pelas mais fortes taxas de criminalidade no mundo.
"Para mim, quando um criminoso tira a sua arma, a sua intenção é bem clara. A polícia deve então agir para se proteger e proteger os cidadãos", declarou perante uma centena de Comissários da polícia, reunidos em Pretória.
"As forças da ordem não devem ter o gatilho fácil, mas devem poder proteger-se e proteger os cidadãos", rematou, suscitando aplausos apoiados na assembleia.
O governo de Jacob Zuma, que tomou posse após as eleições gerais de Abril, quer autorizar os agentes da polícia a disparar a partir do momento em que um criminoso tira a sua arma, sem esperar que este dispare. Um projecto de lei neste sentido deverá ser depositado no Parlamento até ao final do ano.
A polícia sul-africana tem abatido já dezenas de criminosos em cada ano. De Março de 2008 a Março de 2009, a polícia já abateu 129 suspeitos em flagrante delito e 79 durante tentativas de fuga, segundo a autoridade responsável pelos inquéritos contra as forças da ordem.
Estes números não suscitam nenhuma controvérsia junto de uma população excedida pela violência dos criminosos, que causam quase 50 homicídios por dia e numerosas vítimas entre os agentes da polícia.
Vários responsáveis políticos de primeira linha apelaram mesmo abertamente as forças da ordem a "matar os criminosos" ou "a disparar à cabeça".
ANGOP
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